Aos Filipenses 2:1-30

2  Se há, pois, algum encorajamento em Cristo, algum consolo de amor, algum companheirismo espiritual, algum terno sentimento e compaixão,+  encham-me de alegria por terem o mesmo modo de pensar e o mesmo amor, estando completamente unidos, tendo o mesmo pensamento.+  Não façam nada por rivalidade+ nem por presunção;+ mas, com humildade, considerem os outros superiores a vocês,+  procurando não apenas os vossos próprios interesses,+ mas também os interesses dos outros.+  Mantenham a mesma atitude mental que Cristo Jesus teve:+  embora existisse em forma de Deus,+ nem sequer chegou a pensar na ideia de tentar ser igual a Deus.+  Pelo contrário, ele abdicou de tudo o que tinha, assumiu a forma de escravo+ e tornou-se humano.*+  Mais do que isso, quando veio como homem, humilhou-se e tornou-se obediente a ponto de enfrentar a morte,+ sim, morte numa estaca.+  Por esta mesma razão, Deus enalteceu-o a uma posição superior+ e deu-lhe bondosamente o nome que está acima de todos os outros nomes,+ 10  a fim de que, diante do nome de Jesus, se dobre todo o joelho — dos que estão no céu, na terra e debaixo da terra+ — 11  e toda a língua reconheça abertamente que Jesus Cristo é Senhor,+ para a glória de Deus, o Pai. 12  Portanto, meus amados, assim como sempre obedeceram, não apenas durante a minha presença, mas agora muito mais prontamente durante a minha ausência, persistam em produzir a vossa própria salvação com temor e tremor. 13  Pois Deus é aquele que, segundo o que lhe agrada, atua em vocês e que vos dá tanto o desejo como o poder para agir.+ 14  Continuem a fazer todas as coisas sem queixas+ nem discussões,+ 15  para que venham a ser irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus+ sem defeito no meio de uma geração pervertida e corrompida,+ no meio da qual brilham como iluminadores no mundo,+ 16  mantendo-se firmemente agarrados à palavra da vida.+ Então, terei motivos para me alegrar no dia de Cristo,+ por saber que não corri em vão nem me esforcei tanto em vão. 17  Contudo, mesmo que eu seja derramado como oferta de bebida+ sobre o sacrifício+ e o serviço sagrado que provém da vossa fé,* alegro-me e partilho a minha alegria com todos vocês. 18  Do mesmo modo, vocês também se devem alegrar e partilhar a vossa alegria comigo. 19  Espero no Senhor Jesus enviar-vos em breve Timóteo,+ para que eu fique encorajado ao receber notícias vossas. 20  Pois não tenho ninguém com uma disposição igual à dele, que cuidará genuinamente de vocês.+ 21  Pois todos os outros procuram os seus próprios interesses, não os de Jesus Cristo. 22  Mas vocês conhecem a prova que ele deu de si mesmo, que ele trabalhou comigo como escravo na promoção das boas novas, como um filho+ com o pai. 23  Portanto, é a ele que eu espero enviar assim que souber o que me vai acontecer. 24  De facto, estou confiante* no Senhor de que eu mesmo também irei em breve.+ 25  Mas, agora, acho necessário enviar-vos Epafrodito, meu irmão, colaborador e companheiro de luta, aquele que enviaram para me servir nas minhas necessidades pessoais,+ 26  visto que ele deseja muito ver-vos a todos e está deprimido por terem ouvido que ele ficou doente. 27  De facto, ele adoeceu quase a ponto de morrer. Mas Deus teve misericórdia dele; na verdade, não só dele, mas também de mim, para que eu não tivesse uma tristeza após outra. 28  Por isso envio-o com a maior urgência, para que, quando o virem, se alegrem novamente, e eu fique menos ansioso. 29  Portanto, acolham-no como é costume no Senhor, com toda a alegria, e continuem a prezar homens como ele,+ 30  porque ele quase morreu por causa da obra de Cristo, arriscando a sua vida para compensar o facto de não estarem aqui para me prestar serviço.+

Notas de rodapé

Lit.: “veio a ser na semelhança de homens”.
Ou: “serviço sagrado a que a vossa fé vos conduziu”.
Ou: “eu confio”.

Notas de estudo

encoraje: Ou: “exorte”. O substantivo grego paráklesis, traduzido aqui como “encoraje”, está relacionado com o verbo parakaléo, que significa literalmente “chamar para o seu lado”. Esse substantivo, muitas vezes, passa a ideia de “encorajamento” (At 13:15; Fil 2:1) ou “consolo” (Ro 15:4; 2Co 1:3, 4; 2Te 2:16). Assim como acontece com o verbo parakaléo (que também aparece neste versículo), o substantivo paráklesis pode passar a ideia de “exortação” e foi traduzido assim em alguns versículos. (1Te 2:3; 1Ti 4:13; He 12:5) O facto de essas duas palavras gregas poderem transmitir a ideia tanto de “exortação” como de “encorajamento” e “consolo” indica que os cristãos nunca deveriam exortar alguém de maneira dura ou desamorosa.

encorajamento [...] consolo: Paulo usou aqui dois substantivos gregos que têm um significado parecido. A palavra traduzida como “encorajamento” (paráklesis) é muito abrangente. Pode ser traduzida como “encorajamento”, assim como acontece aqui e em outros lugares (At 13:15; He 6:18). Também pode ser traduzida como “exortação” (1Te 2:3; 1Ti 4:13; He 12:5) ou “consolo” (Ro 15:4; 2Co 1:3, 4; 2Te 2:16). (Veja a nota de estudo em Ro 12:8.) A outra palavra grega (paramýthion), traduzida como “consolo”, vem de um verbo grego que significa “consolar; animar” ou “falar com alguém de modo positivo e bondoso”. (Veja também a nota de estudo em 1Co 14:3.) Paulo parece indicar que, se os filipenses se encorajassem e consolassem uns aos outros, iriam fortalecer a união da congregação. — Fil 2:2.

algum companheirismo espiritual: Ou: “alguma partilha de espírito”. Esta expressão refere-se a uma forte amizade em que as pessoas têm os mesmos interesses e estão dispostas a partilhar coisas com outros. (Veja a nota de estudo em At 2:42, que explica a palavra grega para “partilhar; ter companheirismo”.) Neste versículo e no próximo, Paulo indica que, quando os cristãos se empenham juntos por alvos espirituais e agem de acordo com a orientação do espírito santo de Deus, desenvolvem uma união que o mundo não pode destruir. (Veja a nota de estudo em Fil 2:2.) Um dicionário bíblico comenta o seguinte sobre a palavra grega usada neste versículo: “Esta partilha requer uma atitude mental que coloque a outra pessoa acima de si mesmo.” — 2Co 13:14; veja a nota de estudo em Jo 17:21.

terno sentimento: Neste contexto, o termo grego traduzido como “terno sentimento” (splágkhnon) refere-se a sentimentos profundos, a emoções intensas. — Veja a nota de estudo em 2Co 6:12.

sejam um: Ou: “estejam em união”. Jesus orou para que os seus verdadeiros seguidores fossem “um”, ou seja, trabalhassem unidos com o mesmo objetivo. Assim, seriam como ele e o seu Pai, que também são “um” porque pensam da mesma forma e cooperam um com o outro. (Jo 17:22) Em 1Co 3:6-9, Paulo fala sobre esse tipo de união entre os cristãos, que cooperam uns com os outros e com Deus. — Veja 1Co 3:8 e as notas de estudo em Jo 10:30; 17:11.

estando completamente unidos: A palavra grega usada aqui (sýnpsykhos) é formada pelas palavras syn (com; junto) e psykhé (algumas vezes traduzida como “alma”) e poderia ser traduzida como “unidos (unificados) na alma”. Paulo usou esta expressão e várias outras relacionadas com a união para destacar que os cristãos em Filipos deveriam esforçar-se para serem unidos. — Veja a nota de estudo em Fil 2:1.

à convivência uns com os outros: Ou: “a partilhar uns com os outros”. O sentido básico da palavra grega koinonía é “partilhar; ter companheirismo”. Essa palavra também foi usada várias vezes nas cartas de Paulo. (1Co 1:9 [“estarem em união”]; 10:16 [“uma participação”]; 2Co 6:14 [“em comum”]; 13:14 [“participação”]) O contexto mostra que o companheirismo que existia entre os cristãos não era algo superficial. Envolvia uma forte amizade.

algum companheirismo espiritual: Ou: “alguma partilha de espírito”. Esta expressão refere-se a uma forte amizade em que as pessoas têm os mesmos interesses e estão dispostas a partilhar coisas com outros. (Veja a nota de estudo em At 2:42, que explica a palavra grega para “partilhar; ter companheirismo”.) Neste versículo e no próximo, Paulo indica que, quando os cristãos se empenham juntos por alvos espirituais e agem de acordo com a orientação do espírito santo de Deus, desenvolvem uma união que o mundo não pode destruir. (Veja a nota de estudo em Fil 2:2.) Um dicionário bíblico comenta o seguinte sobre a palavra grega usada neste versículo: “Esta partilha requer uma atitude mental que coloque a outra pessoa acima de si mesmo.” — 2Co 13:14; veja a nota de estudo em Jo 17:21.

estando completamente unidos: A palavra grega usada aqui (sýnpsykhos) é formada pelas palavras syn (com; junto) e psykhé (algumas vezes traduzida como “alma”) e poderia ser traduzida como “unidos (unificados) na alma”. Paulo usou esta expressão e várias outras relacionadas com a união para destacar que os cristãos em Filipos deveriam esforçar-se para serem unidos. — Veja a nota de estudo em Fil 2:1.

humildade: Esta qualidade envolve a ausência de orgulho ou arrogância. Pode ser percebida pela maneira como a pessoa se vê em relação a Deus e aos outros. A humildade não é uma fraqueza; na verdade, é uma atitude mental que agrada a Deus. Cristãos que são genuinamente humildes conseguem trabalhar juntos em união. (Ef 4:2; Fil 2:3; Col 3:12; 1Pe 5:5) A palavra grega tapeinofrosýne, traduzida aqui como “humildade”, vem das palavras tapeinóo (“rebaixar”) e fren (“a mente”). Poderia ser traduzida literalmente como “humildade mental”. O termo relacionado tapeinós foi traduzido como “humilde” (Mt 11:29) e “humildes” (Tg 4:6; 1Pe 5:5). — Veja a nota de estudo em Mt 11:29.

presunção: Um conceito exagerado sobre si mesmo. — Veja a nota de estudo em Gál 5:26, onde uma palavra grega relacionada é traduzida como “presunçosos”.

humildade: Ou: “humildade mental”. — Veja a nota de estudo em At 20:19.

considerem os outros superiores a vocês: Ou: “considerem os outros mais importantes do que vocês próprios”. — Ro 12:3; 1Co 10:24; Fil 2:4.

Mantenham a mesma atitude: Ou: “Tenham a mesma forma de pensar”. O contexto mostra que a atitude de Jesus foi uma atitude de humildade. — Fil 2:3, 4.

embora existisse em forma de Deus: A palavra grega traduzida como “forma” (morfé) significa basicamente “natureza; aparência; formato; semelhança”. Jesus era um ser espiritual, assim como “Deus é espírito”. (Jo 4:24; veja também a nota de estudo.) Essa mesma palavra grega é usada para se referir a quando Jesus “assumiu a forma de escravo” e “tornou-se carne”, ou seja, tornou-se humano. — Jo 1:14; Fil 2:7.

nem sequer chegou a pensar na ideia de tentar ser igual a Deus: Ou: “nunca pensou que ser igual a Deus fosse algo que ele pudesse tomar (usurpar)”. Aqui, Paulo incentivou os filipenses a desenvolverem a mesma atitude excelente de Jesus. Em Fil 2:3, Paulo disse-lhes: “Com humildade, considerem os outros superiores a vocês.” E, no versículo 5, ele continuou: “Mantenham a mesma atitude mental que Cristo Jesus teve.” Jesus, que considerava Deus superior a ele, nunca tentou ser igual a Deus. Em vez disso, ele “humilhou-se e tornou-se obediente a ponto de enfrentar a morte”. (Fil 2:8; Jo 5:30; 14:28; 1Co 15:24-28) Jesus não pensava como o Diabo, que incentivou Eva a tornar-se como Deus, ou seja, a ser igual a Deus. (Gén 3:5) Jesus foi um exemplo perfeito deste ponto que Paulo está a destacar – a importância da humildade e da obediência ao Criador, Jeová Deus. — Veja a nota de estudo em tentar ser neste versículo.

tentar ser: O substantivo grego usado aqui (harpagmós; lit.: “uma coisa a ser usurpada”) vem do verbo harpázo, que significa basicamente “usurpar; arrancar; apoderar-se”. Alguns sugerem que este termo significa reter algo que já se possui. No entanto, a Bíblia nunca usa este termo grego no sentido de a pessoa apegar-se a algo que já tem. Em vez disso, é muitas vezes traduzido como “apoderar-se”, “arrancar” ou outras expressões como essas. (Mt 11:12; 12:29; 13:19; Jo 6:15; 10:12, 28, 29; At 8:39; 23:10; 2Co 12:2, 4; 1Te 4:17; Ju 23; Ap 12:5) Se Jesus “nem sequer chegou a pensar na ideia de tentar ser igual a Deus”, é lógico concluir que ele nunca foi igual a Deus.

Deus é espírito: A palavra grega traduzida aqui como “espírito” (pneúma) é usada neste versículo para mostrar que Deus é um ser, ou uma pessoa, espiritual. (Veja o Glossário “Espírito”.) As Escrituras deixam claro que tanto Deus como o glorificado Jesus e os anjos são espíritos. (1Co 15:45; 2Co 3:17; He 1:14) Um espírito é uma forma de vida muito diferente de um humano. Os espíritos são invisíveis e têm um “corpo espiritual” que é muito superior a um “corpo físico”. (1Co 15:44; Jo 1:18) Às vezes, os escritores da Bíblia dizem que Deus tem face, olhos, ouvidos, mãos, etc., mas essas são apenas figuras de estilo para ajudar os humanos a entenderem como Deus é. Ao mesmo tempo, as Escrituras deixam claro que Deus tem uma personalidade. Além disso, ele vive num lugar específico (fora do Universo físico). Por isso, Jesus podia dizer “vou para o Pai”. (Jo 16:28) O texto de He 9:24 diz que Cristo entrou “no próprio céu, de modo que [...] comparece perante Deus em nosso favor”.

ele abdicou de tudo o que tinha: Lit.: “ele esvaziou-se”. A palavra grega para “esvaziar” significa literalmente remover o conteúdo de algo. Aqui, Paulo usou essa palavra em sentido figurado para se referir a Jesus, que abdicou da sua vida espiritual para viver e sofrer como humano na Terra. É verdade que os anjos, às vezes, eram vistos pelos humanos em corpos de carne e osso, mas eles nunca deixaram de ser criaturas espirituais. Por outro lado, Jesus realmente abdicou do seu corpo espiritual e da glória e dos privilégios que tinha no céu. Nenhum humano jamais sacrificou algo que se aproxime do que Jesus abdicou para agradar a Deus.

embora existisse em forma de Deus: A palavra grega traduzida como “forma” (morfé) significa basicamente “natureza; aparência; formato; semelhança”. Jesus era um ser espiritual, assim como “Deus é espírito”. (Jo 4:24; veja também a nota de estudo.) Essa mesma palavra grega é usada para se referir a quando Jesus “assumiu a forma de escravo” e “tornou-se carne”, ou seja, tornou-se humano. — Jo 1:14; Fil 2:7.

quando veio como homem: Lit.: “quando se encontrou na aparência de homem (humano)”. — Veja a nota de estudo em Fil 2:6.

numa estaca: Ou: “numa estaca de tortura; numa estaca de execução”. Ao aceitar a “morte numa estaca”, sendo condenado falsamente como criminoso e blasfemador, Jesus deu a mais poderosa lição de humildade e obediência. (Mt 26:63-66; Lu 23:33; veja o Glossário, “Madeiro; Estaca”; “Estaca de tortura”.) Ele provou, sem qualquer dúvida, que humanos podem manter-se leais a Jeová mesmo quando testados ao extremo. — Jo 5:30; 10:17; He 12:2.

por causa do meu nome: Na Bíblia, a palavra “nome” pode referir-se à própria pessoa, à sua reputação e a tudo o que ela representa. (Veja a nota de estudo em Mt 6:9.) No caso de Jesus, o nome também envolve a autoridade que ele recebeu de Jeová e a posição que ele ocupa. (Mt 28:18; Fil 2:9, 10; He 1:3, 4) Neste versículo, Jesus explicou que as pessoas odiariam os seus discípulos por causa do que o nome dele representa, ou seja, por causa da posição que ele ocupa como Governante designado por Deus, o Rei dos reis, aquele a quem todas as pessoas devem sujeitar-se para receberem a vida. — Veja a nota de estudo em Jo 15:21.

deu-lhe bondosamente: O verbo grego usado aqui (kharízomai) está relacionado com o termo grego que normalmente é traduzido como “bondade imerecida”, mas que também pode ser traduzido como “favor divino”. (Jo 1:14; veja também a nota de estudo.) Neste contexto, o termo transmite a ideia de que Deus, por amor, generosidade e misericórdia, deu a Jesus um nome enaltecido, “que está acima de todos os outros nomes”. Já que Deus pode dar um nome assim ao seu Filho, Jesus, o Pai tem de ser maior que Jesus, e Jesus tem de estar sob a autoridade do Pai. (Jo 14:28; 1Co 11:3) Sendo assim, qualquer honra dada a Jesus por causa da sua posição elevada é “para a glória de Deus, o Pai”. — Fil 2:11.

o nome: Na Bíblia, a palavra “nome”, às vezes, não se refere apenas ao modo como alguém ou alguma coisa é identificada. (Veja a nota de estudo em Mt 24:9.) Por exemplo, aqui “o nome” que Deus deu a Jesus refere-se à autoridade e à posição que Jesus recebeu do seu Pai. O contexto do capítulo 2 de Filipenses mostra que Jesus recebeu esse nome elevado depois da sua ressurreição. — Mt 28:18; Fil 2:8, 10, 11; He 1:3, 4.

todos os outros nomes: A tradução literal do texto grego (“todos os nomes”, Kingdom Interlinear), usada por muitas traduções da Bíblia, poderia dar a impressão de que o nome de Jesus está acima do próprio nome de Deus. No entanto, essa ideia não está de acordo com o contexto, visto que Paulo diz que foi Deus quem “enalteceu [Jesus] a uma posição superior e deu-lhe bondosamente” esse nome. Além disso, a palavra grega para “todos” pode, em alguns casos, ter o sentido de “todos os outros” ou “todas as outras”, como acontece em Lu 13:2; 21:29 e Fil 2:21. Então, tanto o contexto como a forma como essa palavra grega é usada noutros textos apoiam o uso de “todos os outros”. Paulo aqui explica que o nome de Jesus está acima de todos os outros nomes, menos do nome de Jeová, que foi quem lhe deu esse nome. — Veja também 1Co 15:28.

favor divino: Ou: “bondade imerecida”. A palavra grega kháris aparece mais de 150 vezes nas Escrituras Gregas Cristãs e pode ter diversas variações de sentido, dependendo do contexto. Quando kháris está relacionada com a bondade imerecida que Deus mostra para com os humanos, a palavra refere-se a um presente que Deus dá generosamente, sem esperar uma compensação. É uma demonstração do grande amor e da bondade de Deus, motivada unicamente pela sua imensa generosidade, sem que a pessoa que a recebe tenha feito nada para a merecer. (Ro 4:4; 11:6) No entanto, a palavra nem sempre indica que quem recebe a bondade não a merecia. Por isso, pode ser usada mesmo quando o alvo da bondade de Deus é Jesus. Nesses casos, kháris não foi traduzida como “bondade imerecida”, mas como “favor divino” (neste versículo) ou “favor” (Lu 2:40, 52). Noutros casos, a palavra grega foi traduzida como “favor”, “simpatia” ou “bondosa dádiva”. — Lu 1:30; At 2:47; 7:46; 1Co 16:3; 2Co 8:19.

diante do nome de Jesus, se dobre todo o joelho: Todas as criaturas inteligentes no céu e na Terra dobram o joelho “diante do nome de Jesus” por reconhecer a posição de Jesus e aceitar a sua autoridade. — Veja a nota de estudo em Mt 28:19.

dos que estão [...] debaixo da terra: Pelos vistos, refere-se aos mortos que Jesus disse que estão “nos túmulos memoriais”. (Jo 5:28, 29) Quando forem ressuscitados da Sepultura, eles também vão ter de aceitar a autoridade de Jesus e ‘reconhecer abertamente que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus, o Pai’. — Fil 2:11.

em nome do: A palavra grega para “nome” (ónoma) pode significar mais do que o nome de uma pessoa; pode referir-se, por exemplo, a autoridade ou posição. Neste texto, ser ‘batizado em nome de’ significa reconhecer a autoridade e a posição do Pai e do Filho, e o modo como Deus usa o espírito santo. Quando uma pessoa reconhece isso, passa a ter uma nova base para o seu relacionamento com Deus. — Veja também a nota de estudo em Mt 10:41.

Senhor: A palavra grega que aparece aqui é Kýrios. Apesar de geralmente ser usada nas Escrituras como um substantivo, essa palavra é um adjetivo que significa “que possui poder (kýros) ou autoridade”. Aparece em todos os livros das Escrituras Gregas Cristãs, com exceção da carta de Paulo a Tito e das cartas de João. Jesus Cristo foi criado por Deus e é o seu Filho e Servo. Então, como Deus tem poder e autoridade superiores a Jesus e é o seu Cabeça (1Co 11:3), faz sentido que Jesus chame “Senhor” (Mt 11:25) ao seu Pai e Deus (Jo 20:17). Mas, na Bíblia, o título “Senhor” não é usado apenas para se referir a Jeová Deus. Também é usado para se referir a Jesus Cristo (Mt 7:21; Ro 1:4, 7), a um dos anciãos que João viu no céu numa visão (Ap 7:13, 14), a anjos (Da 12:8), a humanos (At 16:16, 19, 30) e a deuses falsos (1Co 8:5). Alguns afirmam que a expressão “Jesus é Senhor” significa que ele e o seu Pai, Jeová, são a mesma pessoa. No entanto, o contexto mostra claramente que esse não é o caso, já que o versículo diz que “Deus o levantou [ou seja, levantou Jesus] dentre os mortos”. Jesus é Senhor porque o seu Pai lhe deu essa autoridade. — Mt 28:18; Jo 3:35; 5:19, 30. — Veja a nota de estudo em que Jesus é Senhor neste versículo.

que Jesus é Senhor: Quando Jesus esteve na Terra, pessoas que não o seguiam chamaram-lhe “Senhor” por educação ou para mostrar respeito. Por exemplo, foi por respeito que a samaritana se dirigiu a Jesus como “senhor”. (Jo 4:11; Mt 8:2) A palavra grega usada pelos escritores bíblicos, Kýrios (“Senhor”), pode ter vários sentidos, dependendo do contexto. Mas Jesus indicou que, quando os seus discípulos (ou alunos) lhe chamavam assim, estavam a reconhecer que ele era o seu Senhor, ou Mestre. (Jo 13:13, 16) Esse título passou a ter um significado especial depois de Jesus morrer e ser ressuscitado para ocupar uma posição superior no céu. Quando Jesus deu a sua vida como sacrifício, comprou os seus seguidores e tornou-se seu Dono (1Co 7:23; 2Pe 2:1; Ju 4; Ap 5:9, 10) e seu Rei (Col 1:13; 1Ti 6:14-16; Ap 19:16). Reconhecer Jesus como Senhor envolve mais do que simplesmente tratá-lo por esse título. Os verdadeiros cristãos precisam de reconhecer a posição que Jesus ocupa e obedecer-lhe. — Mt 7:21; Fil 2:9-11.

que Jesus é Senhor: Quando Jesus esteve na Terra, pessoas que não o seguiam chamaram-lhe “Senhor” por educação ou para mostrar respeito. Por exemplo, foi por respeito que a samaritana se dirigiu a Jesus como “senhor”. (Jo 4:11; Mt 8:2) A palavra grega usada pelos escritores bíblicos, Kýrios (“Senhor”), pode ter vários sentidos, dependendo do contexto. Mas Jesus indicou que, quando os seus discípulos (ou alunos) lhe chamavam assim, estavam a reconhecer que ele era o seu Senhor, ou Mestre. (Jo 13:13, 16) Esse título passou a ter um significado especial depois de Jesus morrer e ser ressuscitado para ocupar uma posição superior no céu. Quando Jesus deu a sua vida como sacrifício, comprou os seus seguidores e tornou-se seu Dono (1Co 7:23; 2Pe 2:1; Ju 4; Ap 5:9, 10) e seu Rei (Col 1:13; 1Ti 6:14-16; Ap 19:16). Reconhecer Jesus como Senhor envolve mais do que simplesmente tratá-lo por esse título. Os verdadeiros cristãos precisam de reconhecer a posição que Jesus ocupa e obedecer-lhe. — Mt 7:21; Fil 2:9-11.

reconheça abertamente: Ou: “declare publicamente; confesse”. O contexto mostra que esse reconhecimento está relacionado com a plena certeza de que Jeová ressuscitou Jesus. — Veja também a nota de estudo em Ro 10:9.

que Jesus Cristo é Senhor: Veja a nota de estudo em Ro 10:9.

Senhor: Alguns afirmam que a frase “Jesus Cristo é Senhor” significa que ele e o seu Pai, Jeová, são a mesma pessoa. Mas o contexto deixa claro que esse não pode ser o caso, visto que foi Deus quem ‘enalteceu Jesus a uma posição superior e lhe deu bondosamente o nome que está acima de todos os outros nomes’. — Fil 2:9; veja as notas de estudo em Ro 10:9.

declarares publicamente: O verbo grego que aparece aqui, homologéo, é traduzido em algumas Bíblias como “confessar”. Muitos léxicos definem esta palavra como “declarar (reconhecer) publicamente”. No versículo 10, esse mesmo verbo é traduzido como “se faz declaração pública”. Aqui, Paulo explica que, para um cristão ser salvo, não basta ter fé no coração; também precisa de declarar publicamente a sua fé. (Sal 40:9, 10; 96:2, 3, 10; 150:6; Ro 15:9) Os cristãos não declaram publicamente a sua fé uma única vez, como, por exemplo, quando são batizados. Eles continuam a fazer isso quando se reúnem com outros cristãos e quando declaram as boas novas de salvação a outras pessoas. — He 10:23-25; 13:15.

presença: A palavra grega parousía (traduzida em muitas Bíblias como “vinda” ou “volta”) significa literalmente “estar ao lado”. Não se refere simplesmente a vir ou chegar, mas, sim, a estar presente durante um período de tempo. Esse sentido de parousía é indicado por Mt 24:37-39, que compara “os dias de Noé [...] antes do dilúvio” com “a presença do Filho do Homem”. Paulo também usou essa palavra grega em Fil 2:12 ao fazer um contraste entre a sua “presença” e a sua “ausência”.

presença [...] ausência: Aqui, Paulo usou a palavra grega parousía para falar de quando estaria com os cristãos em Filipos, ou seja, do período de tempo em que estaria presente ali. Neste versículo, Paulo ajuda-nos a entender o sentido dessa palavra grega por contrastar a sua “presença” com a sua “ausência” (em grego, apousía), ou seja, com o período de tempo em que estaria longe dos filipenses. A palavra grega parousía também é usada num sentido especial para se referir à presença invisível de Jesus Cristo como Rei messiânico, que começou quando ele se tornou Rei no céu no início dos últimos dias deste sistema de coisas. — Veja as notas de estudo em Mt 24:3; 1Co 15:23; Fil 1:26.

persistam em produzir: A palavra grega usada aqui significa basicamente “alcançar; realizar; executar”. O tempo verbal usado neste versículo indica um esforço contínuo, transmitindo a ideia de persistir em fazer algo até que esteja terminado.

quando eu estiver pessoalmente convosco outra vez: Ou: “quando eu estiver novamente convosco”. A frase grega usada aqui contém o substantivo parousía, que significa literalmente “estar ao lado”. Muitas vezes, parousía é traduzida como “presença”, especialmente quando se refere à presença invisível de Jesus Cristo. (Mt 24:37; 1Co 15:23) Aqui, Paulo usou esse termo ao falar do seu desejo de visitar novamente os cristãos em Filipos. Algo que apoia traduzir parousía como “presença” e “pessoalmente” é que em Fil 2:12 (veja a nota de estudo) Paulo usou esse termo para diferenciar a sua “presença” da sua “ausência”. — Veja as notas de estudo em Mt 24:3; 1Co 16:17.

atua em vocês: Ou: “enche-vos de energia”. A palavra grega energéo aparece duas vezes neste versículo. Na primeira, é traduzida como “atua” e, na segunda, como “vos dá [...] o poder para agir”. O espírito santo, ou a força ativa, de Deus é a maior fonte de poder, ou energia, do Universo. Deus usou o espírito santo para criar todas as coisas. (Gén 1:2; Sal 104:30; Is 40:26) Quando os servos de Jeová estão a perder a força, é por meio desse espírito que Jeová lhes dá a energia necessária, ou “o poder para agir”. (Is 40:31) O espírito de Jeová também pode melhorar, conforme a necessidade, as habilidades que a pessoa já tem. (Lu 11:13; 2Co 4:7) A vida do apóstolo Paulo está cheia de exemplos sobre o que o esforço da pessoa juntamente com o poder de Deus podem realizar. — Fil 4:13; Col 1:29.

vos dá [...] o desejo: Por causa do desânimo, das próprias falhas e de outros fatores, alguns servos de Deus no passado perderam o desejo de servi-lo, e até de continuarem vivos. (1Rs 19:4; Sal 73:13, 14; Jon 4:2, 3) Aqui, Paulo mostra que, quando a pessoa perde esse desejo, Deus fica feliz por motivá-la, especialmente quando ela procura a ajuda Dele. — Sal 51:10, 11; 73:17, 18.

sem queixas: Queixar-se envolve reclamar ou falar de modo negativo de alguém ou de alguma coisa. Geralmente isso não é feito abertamente, mas às escondidas. Quem tem o hábito de se queixar tenta influenciar outros e pode dar muita importância aos seus sentimentos ou à sua posição, chamando a atenção para si mesmo em vez de para Deus. Esse hábito pode causar divisão entre os irmãos, dificultando os seus esforços para servirem a Jeová em união. Por volta de 55 EC, Paulo lembrou os cristãos em Corinto de que Jeová tinha ficado furioso com os israelitas por eles se terem queixado no deserto. (Veja a nota de estudo em 1Co 10:10.) Mas nem todas as queixas desagradam a Deus. A palavra grega usada aqui também é usada em At 6:1, onde diz que os judeus que falavam grego em Jerusalém “começaram a reclamar” porque as suas viúvas estavam a ser deixadas de lado em sentido material. Por causa disso, os apóstolos providenciaram que a situação fosse resolvida. — At 6:1-6.

serviço sagrado: Ou: “serviço público”. A palavra grega usada aqui, leitourgía, e as palavras relacionadas leitourgéo (prestar serviço público) e leitourgós (servo público) eram usadas pelos gregos e romanos para se referirem a serviços prestados ao governo ou a autoridades civis em benefício do povo. Por exemplo, Ro 13:6 usa o plural de leitourgós quando diz que os governantes “estão ao serviço de Deus” (ou: “são servos públicos de Deus”), porque prestam serviços em benefício do povo. Lucas usa aqui leitourgía da mesma maneira que essa palavra e as palavras relacionadas são usadas na Septuaginta, onde, com frequência, se referem ao serviço que os sacerdotes e levitas prestavam no templo. (Êx 28:35; Núm 8:22) O serviço prestado no templo podia ser considerado um serviço público em benefício do povo. No entanto, também era um serviço sagrado porque os sacerdotes ensinavam a Lei de Deus e ofereciam sacrifícios para cobrir os pecados do povo. — 2Cr 15:3; Mal 2:7.

estavam a servir: Ou: “estavam a prestar serviço público”. A palavra grega usada aqui, leitourgéo, e as palavras relacionadas, leitourgía (serviço público; ministério público) e leitourgós (servidor público), eram usadas pelos gregos para se referirem a serviços prestados ao governo ou a autoridades civis em benefício do povo. Por exemplo, Ro 13:6 usa o plural de leitourgós quando diz que os governantes “estão ao serviço de Deus” (ou: “são servos públicos de Deus”), porque eles prestam serviços em benefício do povo. Em Lu 1:23 (veja a nota de estudo), a palavra leitourgía foi traduzida como “serviço sagrado” (ou: “serviço público”) e refere-se ao serviço prestado por Zacarias, o pai de João Batista. A forma como a palavra leitourgía foi usada ali por Lucas reflete a maneira como essa palavra e as palavras relacionadas são usadas na Septuaginta, onde, com frequência, se referem ao serviço que os sacerdotes e levitas prestavam no tabernáculo (Êx 28:35; Núm 1:50; 3:31; 8:22) e no templo (2Cr 31:2; 35:3; Jl 1:9, 13; 2:17). Esse serviço podia ser considerado um serviço público em benefício do povo. No entanto, dependendo do contexto, também era um serviço sagrado, porque os sacerdotes ensinavam a Lei de Deus (2Cr 15:3; Mal 2:7) e ofereciam sacrifícios para cobrir os pecados do povo (Le 1:3-5; De 18:1-5). Aqui, em At 13:2, a palavra grega leitourgéo foi usada num sentido mais amplo e descreve o ministério, ou serviço, dos profetas e instrutores cristãos da congregação em Antioquia da Síria. Refere-se aos vários atos de devoção a Deus que fazem parte do ministério cristão, como orar e ensinar. O serviço realizado por esses profetas e instrutores, sem dúvida, também envolvia pregar ao público. — At 13:3.

estão ao serviço: Ou: “são servidores públicos”. A palavra grega usada aqui é o plural de leitourgós (“servidor público”). Essa palavra e as palavras leitourgéo (“prestar serviço público”) e leitourgía (“serviço público”) eram usadas pelos gregos e romanos para se referirem a serviços prestados ao governo ou a autoridades civis em benefício do povo. (Essas três palavras gregas vêm das palavras laós, “povo”, e érgon, “trabalho”.) As autoridades humanas podem ser consideradas “servidores públicos” ao serviço de Deus no sentido de que prestam serviços em benefício do povo. Nas Escrituras Gregas Cristãs, essas palavras gregas são usadas muitas vezes para se referirem ao serviço que era prestado no templo e ao ministério cristão. — Para ver exemplos desse uso, veja as notas de estudo em Lu 1:23; At 13:2; Ro 15:16.

servo: Ou: “servidor público”. A palavra grega leitourgós vem das palavras gregas laós, “povo”, e érgon, “trabalho”. Era usada originalmente pelos gregos para se referir a alguém que prestava serviço a autoridades civis, geralmente às suas próprias custas, em benefício do povo. Esse tipo de serviço também existia entre os romanos. Na Bíblia, essa palavra foi usada na maioria das vezes para se referir a alguém que realizava um serviço considerado sagrado. A palavra relacionada leitourgía foi usada muitas vezes na Septuaginta para se referir aos “deveres” (Núm 7:5) dos sacerdotes e ao “serviço” (Núm 4:28; 1Cr 6:32 [6:17, LXX]) que prestavam no tabernáculo ou no templo em Jerusalém. Aqui, Paulo usa a palavra leitourgós para se referir a si mesmo, visto que ele servia como “apóstolo para as nações”, ou seja, para os não judeus, proclamando as boas novas de Deus. (Ro 11:13) A pregação de Paulo trazia grandes benefícios ao povo, especialmente às pessoas das nações.

eu seja: Ou: “a minha vida seja”. — Veja a nota de estudo em eu seja derramado como oferta de bebida neste versículo.

eu seja derramado como oferta de bebida: Os israelitas apresentavam vinho como oferta de bebida juntamente com a maioria das outras ofertas, derramando o vinho sobre o altar. (Le 23:18, 37; Núm 15:2, 5, 10; 28:7) Aqui, Paulo fala de si mesmo como uma oferta de bebida. Com isso, ele mostrou que estava disposto a “ser derramado”, ou seja, a gastar-se tanto em sentido físico como emocional a favor dos irmãos em Filipos. Por outras palavras, Paulo estava disposto a dar tudo de si para apoiar os filipenses e outros cristãos que estavam a apresentar os seus sacrifícios espirituais e a realizar o seu “serviço sagrado” a Deus. (Veja também 2Co 12:15.) Pouco antes de morrer, Paulo escreveu a Timóteo: “Eu já estou a ser derramado como oferta de bebida, e a hora da minha libertação está próxima.” — 2Ti 4:6.

o serviço sagrado: Ou: “o serviço público”. Paulo usou esse termo para se referir ao ministério cristão. O serviço que ele prestou com amor e dedicação a favor dos seus irmãos em Filipos foi de grande ajuda para eles. O resultado foi que a fé dos cristãos em Filipos os motivou a também participarem nesse serviço em benefício de outros. A palavra grega usada aqui, leitourgía, deve ter levado os cristãos na colónia romana de Filipos a lembrarem-se dos serviços prestados ao governo e às autoridades civis em benefício da comunidade. (Veja a nota de estudo em 2Co 9:12.) Esses serviços envolviam gastos, o que lembrava aos filipenses que um serviço fiel envolve sacrifícios. Nas Escrituras Gregas Cristãs, esse termo grego e outros relacionados são muito usados em relação ao serviço no templo e ao ministério cristão. Para outros detalhes sobre esse uso, veja as notas de estudo em Lu 1:23; At 13:2; Ro 13:6; 15:16.

Espero [...] enviar-vos [...] Timóteo: O relato não diz se Timóteo faria essa viagem de Roma para Filipos por terra ou por mar. Quem viajava de Roma em direção ao leste usava a ampla rede de estradas do Império Romano ou usava embarcações. Mas as duas opções tinham dificuldades. Nos dias de Timóteo, era difícil conseguir uma viagem de barco, e os passageiros viajavam e dormiam no convés, expostos a qualquer tipo de clima. O mar revolto causava enjoos e, às vezes, naufrágios. Quem decidisse ir a pé para Filipos tinha de fazer uma viagem de cerca de 40 dias. No trajeto, a pessoa provavelmente passava primeiro pela Via Ápia, depois, fazia uma curta travessia pelo mar de Ádria e, a seguir, continuava a viagem por terra, talvez pela Via Egnácia (uma importante estrada romana). (Veja o Apêndice B13.) O viajante tinha de enfrentar coisas como sol, chuva, calor ou frio e corria o risco de ser assaltado. Naquela época, as hospedarias para passar a noite eram frequentadas por pessoas da pior espécie, além de serem locais sujos, superlotados e infestados de pulgas. (Compare com a nota de estudo em At 28:15.) Mesmo assim, Paulo confiava que Timóteo estava disposto não só a fazer a viagem de ida, mas também a viagem de volta, para que o apóstolo pudesse “receber notícias” sobre o bem-estar espiritual dos cristãos de Filipos.

Praça de Ápio: Ou: “Foro de Ápio”. Em latim, Appii Forum. Esta praça, que também funcionava como um mercado, ficava cerca de 65 quilómetros a sudeste de Roma. Era um local de paragem muito conhecido na Via Ápia, a famosa estrada romana que ia de Roma ao porto de Brundisium (hoje Brindisi), passando por Cápua. Tanto a estrada como a praça receberam os seus nomes em homenagem ao estadista responsável pela sua construção, Ápio Cláudio Ceco, do século 4 AEC. A Praça de Ápio era um ponto de paragem onde os viajantes que saíam de Roma costumavam descansar no fim do primeiro dia de viagem. Assim, o local tornou-se um mercado importante e um movimentado centro comercial. Algo que também contribuía para a sua importância era a sua localização ao pé de um canal que corria ao lado da Via Ápia e atravessava os pântanos pontinos. Certos relatos dizem que os viajantes eram transportados ao longo deste canal à noite em balsas puxadas por mulas. O poeta romano Horácio falou sobre o desconforto da viagem e queixou-se das rãs e dos mosquitos. Também descreveu a Praça de Ápio como um local “abarrotado de barqueiros e de donos de tavernas avarentos”. (Satires, I, V, 1-6) Apesar de todos os desconfortos, os irmãos de Roma tiveram prazer em ir até lá e esperar por Paulo e pelos seus companheiros para os acompanhar na parte final da viagem. Hoje, no local onde ficava o Foro de Ápio, existe a pequena vila de Borgo Faiti, junto à Via Ápia. — Veja o Apêndice B13.

Prisca e Áquila: Este casal de cristãos fiéis tinha sido expulso de Roma no ano 49 ou no início do ano 50 EC, quando o imperador Cláudio emitiu um decreto a expulsar os judeus dali. Cláudio morreu em 54 EC e, quando Paulo escreveu aos cristãos romanos por volta de 56 EC, Prisca e Áquila já tinham voltado para Roma. (Veja a nota de estudo em At 18:2.) Paulo descreve Prisca e Áquila como seus colaboradores. A palavra grega para “colaborador”, synergós, ocorre 12 vezes nas Escrituras Gregas Cristãs, a maioria delas nas cartas de Paulo. (Ro 16:9, 21; Fil 2:25; 4:3; Col 4:11; Flm 1, 24) Entre essas ocorrências, destaca-se a de 1Co 3:9, onde Paulo diz: “Somos colaboradores de Deus.”

Epafrodito: Um cristão muito confiável da congregação em Filipos que é mencionado apenas nesta carta. Ele foi enviado a Roma para entregar um presente a Paulo, que estava preso na época. Epafrodito provavelmente pretendia ficar tempo suficiente em Roma para poder ajudar mais Paulo. No entanto, Epafrodito adoeceu “quase a ponto de morrer”, e por isso precisou de voltar para Filipos mais cedo do que o esperado. — Fil 2:27, 28; veja as notas de estudo em Fil 2:26, 30.

colaborador: Veja as notas de estudo em Ro 16:3; 1Co 3:9.

aquele que enviaram: Ou: “apóstolo”. Paulo usou aqui a palavra grega para “apóstolo” (apóstolos) no seu sentido básico, que pode ser “enviado”, “emissário” ou “mensageiro”. Epafrodito tinha sido enviado como um representante da congregação em Filipos com um presente para Paulo, que estava preso em Roma.

arriscando a sua vida: Ou: “expondo a sua alma ao perigo”. Pelos vistos, cumprir a designação de ir a Roma e levar um presente a Paulo na prisão envolvia algum risco para Epafrodito. Por exemplo, as condições de higiene durante uma viagem e nas hospedarias para passar a noite eram muito precárias naquela época. Essa pode ter sido uma das possíveis causas de Epafrodito ter adoecido “quase a ponto de morrer”. (Fil 2:26, 27) De qualquer modo, Paulo disse que Epafrodito “quase morreu por causa da obra de Cristo”. Paulo tinha bons motivos para elogiar Epafrodito e para dar o seguinte incentivo à congregação em Filipos: “Acolham-no como é costume no Senhor, [...] e continuem a prezar homens como ele.” — Fil 2:29; veja as notas de estudo em Fil 2:25, 26 e o Glossário, “Alma”.

deprimido: O termo grego que Paulo usou aqui é traduzido como “muito aflito” nos relatos que falam sobre a angústia de Jesus no jardim de Getsémani. (Mt 26:37; Mr 14:33) Uma obra de referência define esse termo como “ansioso, angustiado, aflito”. Epafrodito ficou profundamente angustiado quando os irmãos da congregação em Filipos souberam que ele tinha adoecido. Talvez a preocupação de Epafrodito fosse que os irmãos tivessem a impressão de que ele tinha falhado em ajudar Paulo, sendo um peso para ele. Pouco tempo depois de Epafrodito recuperar, Paulo enviou-o de volta a Filipos com uma carta para a congregação. Nessa carta (Fil 2:25-29), Paulo explicou o motivo de Epafrodito retornar mais cedo. Com isso, Paulo garantiu à congregação – e, com certeza, também a Epafrodito – que ele era alguém fiel e de grande valor. — Veja as notas de estudo em Fil 2:25, 30.

deseja muito ver-vos a todos: Alguns manuscritos muito antigos dizem “tem saudades de todos vocês”, e muitas traduções da Bíblia usam essa opção. Mas a opção usada aqui no texto principal tem o apoio de manuscritos muito antigos e confiáveis. Não importa qual das opções seja usada, o sentido básico das palavras de Paulo permanece o mesmo: Epafrodito estava a sentir a falta de todos os cristãos em Filipos. — Veja o Apêndice A3.

deprimido: O termo grego que Paulo usou aqui é traduzido como “muito aflito” nos relatos que falam sobre a angústia de Jesus no jardim de Getsémani. (Mt 26:37; Mr 14:33) Uma obra de referência define esse termo como “ansioso, angustiado, aflito”. Epafrodito ficou profundamente angustiado quando os irmãos da congregação em Filipos souberam que ele tinha adoecido. Talvez a preocupação de Epafrodito fosse que os irmãos tivessem a impressão de que ele tinha falhado em ajudar Paulo, sendo um peso para ele. Pouco tempo depois de Epafrodito recuperar, Paulo enviou-o de volta a Filipos com uma carta para a congregação. Nessa carta (Fil 2:25-29), Paulo explicou o motivo de Epafrodito retornar mais cedo. Com isso, Paulo garantiu à congregação – e, com certeza, também a Epafrodito – que ele era alguém fiel e de grande valor. — Veja as notas de estudo em Fil 2:25, 30.

arriscando a sua vida: Ou: “expondo a sua alma ao perigo”. Pelos vistos, cumprir a designação de ir a Roma e levar um presente a Paulo na prisão envolvia algum risco para Epafrodito. Por exemplo, as condições de higiene durante uma viagem e nas hospedarias para passar a noite eram muito precárias naquela época. Essa pode ter sido uma das possíveis causas de Epafrodito ter adoecido “quase a ponto de morrer”. (Fil 2:26, 27) De qualquer modo, Paulo disse que Epafrodito “quase morreu por causa da obra de Cristo”. Paulo tinha bons motivos para elogiar Epafrodito e para dar o seguinte incentivo à congregação em Filipos: “Acolham-no como é costume no Senhor, [...] e continuem a prezar homens como ele.” — Fil 2:29; veja as notas de estudo em Fil 2:25, 26 e o Glossário, “Alma”.

Epafrodito: Um cristão muito confiável da congregação em Filipos que é mencionado apenas nesta carta. Ele foi enviado a Roma para entregar um presente a Paulo, que estava preso na época. Epafrodito provavelmente pretendia ficar tempo suficiente em Roma para poder ajudar mais Paulo. No entanto, Epafrodito adoeceu “quase a ponto de morrer”, e por isso precisou de voltar para Filipos mais cedo do que o esperado. — Fil 2:27, 28; veja as notas de estudo em Fil 2:26, 30.

da obra de Cristo: Ou, possivelmente: “da obra do Senhor”. Alguns manuscritos muito antigos usam a expressão “do Senhor”. Mas a opção usada aqui no texto principal tem o apoio de manuscritos muito antigos e confiáveis.

arriscando a sua vida: Ou: “expondo a sua alma ao perigo”. Pelos vistos, cumprir a designação de ir a Roma e levar um presente a Paulo na prisão envolvia algum risco para Epafrodito. Por exemplo, as condições de higiene durante uma viagem e nas hospedarias para passar a noite eram muito precárias naquela época. Essa pode ter sido uma das possíveis causas de Epafrodito ter adoecido “quase a ponto de morrer”. (Fil 2:26, 27) De qualquer modo, Paulo disse que Epafrodito “quase morreu por causa da obra de Cristo”. Paulo tinha bons motivos para elogiar Epafrodito e para dar o seguinte incentivo à congregação em Filipos: “Acolham-no como é costume no Senhor, [...] e continuem a prezar homens como ele.” — Fil 2:29; veja as notas de estudo em Fil 2:25, 26 e o Glossário, “Alma”.

deprimido: O termo grego que Paulo usou aqui é traduzido como “muito aflito” nos relatos que falam sobre a angústia de Jesus no jardim de Getsémani. (Mt 26:37; Mr 14:33) Uma obra de referência define esse termo como “ansioso, angustiado, aflito”. Epafrodito ficou profundamente angustiado quando os irmãos da congregação em Filipos souberam que ele tinha adoecido. Talvez a preocupação de Epafrodito fosse que os irmãos tivessem a impressão de que ele tinha falhado em ajudar Paulo, sendo um peso para ele. Pouco tempo depois de Epafrodito recuperar, Paulo enviou-o de volta a Filipos com uma carta para a congregação. Nessa carta (Fil 2:25-29), Paulo explicou o motivo de Epafrodito retornar mais cedo. Com isso, Paulo garantiu à congregação – e, com certeza, também a Epafrodito – que ele era alguém fiel e de grande valor. — Veja as notas de estudo em Fil 2:25, 30.

Epafrodito: Um cristão muito confiável da congregação em Filipos que é mencionado apenas nesta carta. Ele foi enviado a Roma para entregar um presente a Paulo, que estava preso na época. Epafrodito provavelmente pretendia ficar tempo suficiente em Roma para poder ajudar mais Paulo. No entanto, Epafrodito adoeceu “quase a ponto de morrer”, e por isso precisou de voltar para Filipos mais cedo do que o esperado. — Fil 2:27, 28; veja as notas de estudo em Fil 2:26, 30.

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